Hotel de plantas: administradora deixa carreira corporativa e abre negócio para cuidar de jardins de viajantes no ES
24/12/2025
(Foto: Reprodução) Hotel de plantas: mulher deixa carreira corporativa e abre negócio para cuidar de jardins
Fim de ano, férias chegando, viagem marcada, malas prontas… mas e as plantas, quem cuida? No Espírito Santo, cuidar de plantas enquanto os donos estão viajando virou um negócio para a empresária Faby Sambati.
A administradora deixou a carreira corporativa para viver uma vida mais leve e transformou o próprio apartamento em um hotel de plantas.
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Natural do Paraná, Faby se mudou para o Espírito Santo durante a pandemia, após passar por um tratamento de saúde que resultou em um transtorno emocional pós-trauma.
“Mexer com plantas foi um caminho que encontrei, terapêutico, para lidar com esse pós-trauma. Eu comecei a me conectar mais com elas, embora eu já tenha essa conexão, esse vínculo com a natureza desde criança”, contou.
Formada em gestão de negócios, Faby atuava na área de operações de uma grande empresa no Paraná. A rotina era marcada por longas jornadas de trabalho e horas completamente dedicadas ao trabalho.
Hotel de plantas: mulher deixa carreira corporativa e abre negócio para cuidar de jardins de viajantes no Espírito Santo
Viviane Machado/ g1
Como o negócio surgiu
Ela decidiu fazer uma transição de carreira e passou a se dedicar integralmente ao cuidado de plantas. A ideia da hospedaria surgiu depois que ela viajou por cerca de 12 dias, deixou as próprias plantas sem cuidados e, ao retornar, encontrou parte delas morta.
“Me veio à mente imediatamente até por intuição que se isso acontecia comigo poderia acontecer com outras pessoas. Já tendo essa bagagem de gestão de negócios, eu fui atrás de fazer uma pesquisa e um plano de negócios para ver se isso realmente poderia se tornar um empreendimento”, explicou.
O “Titia Ama e Cuida” foi fundado em 2022 e ganhou maior visibilidade cerca de um ano e meio depois, principalmente nas redes sociais.
Hotel de plantas: mulher deixa carreira corporativa e abre negócio para cuidar de jardins de viajantes no Espírito Santo
Viviane Machado/ g1
O nome do empreendimento surgiu de uma brincadeira entre amigas e a identidade visual foi desenvolvida com apoio de pessoas próximas.
Atualmente, a hospedaria atende clientes que viajam por períodos que variam, em média, de 15 a 20 dias.
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Como funciona o serviço
Plantas de pequeno e médio porte podem ser levadas até o espaço, onde passam por um protocolo de avaliação, limpeza e acompanhamento.
Além da hospedagem, o negócio oferece outros dois serviços. Um deles é o atendimento domiciliar, quando a empresária vai até a casa do cliente para fazer a manutenção das plantas, indicado para vasos grandes ou em maior quantidade.
O outro é o SOS Plantas, voltado para casos em que a planta apresenta sinais de doença e precisa de diagnóstico e orientação para recuperação.
Hotel de plantas: mulher deixa carreira corporativa e abre negócio para cuidar de jardins de viajantes no Espírito Santo
Viviane Machado/ g1
Segundo Faby, mesmo após a devolução das plantas, o acompanhamento continua. “Muitas vezes a pessoa acha que está tudo certo, mas não segue corretamente as orientações. Eu costumo pedir fotos depois de alguns meses para acompanhar a evolução”, explica.
Para quem cultiva plantas em casa, a empresária reforça que a rega é um dos principais erros. “Não é quantidade de água, é observar a terra. A planta mostra quando precisa”, orienta.
Sobre a mudança de carreira, Faby avalia que o maior ganho foi a qualidade de vida. “O trabalho com plantas exige raciocínio, mas de uma forma mais tranquila. Hoje eu encontrei um equilíbrio que não tinha no meio corporativo”, afirma.
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